São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Assalto com tiroteio paralisa Assembléia

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

A "operação sufoco" -esquema da Polícia Civil para reprimir assaltos- não reduziu a média diária de roubos a banco. Ontem, sete casos foram registrados.
Um dos assaltos -ao posto da Nossa Caixa Nosso Banco da Assembléia Legislativa de São Paulo, no Ibirapuera (zona sudoeste)- terminou em tiroteio.
Uma funcionária da creche da Assembléia, Neide Destro de Oliveira, 45, tomada como refém, foi baleada na perna por se recusar a entrar no carro dos assaltantes.
Seis acusados do assalto acabaram presos. Dois foram detidos ao tentar fugir da polícia. Outros três, nas proximidades -com armas e um mapa detalhado da região.
Foram presos em flagrante, na Assembléia, Maurílio Dias da Silva Filho, 31, e Carlos Alexandre Pinto, 25. Com o mapa e as armas, foram detidos Wellington Vasconcelos dos Santos, 20, e os menores M.G.S., 17, e R.Q.O., 15.
Também foi preso Eli Santana de Negreiros, 32, que aguardava um telefonema do grupo na favela de Heliópolis (zona sudeste de SP).
Pelo menos sete assaltantes armados de revólveres e pistolas automáticas invadiram o posto bancário às 10h30 de ontem -dia de pagamento do 13º salário.
Para invadir o banco, os assaltantes dominaram um PM que fazia a guarda do local e dois vigias.
O segurança José Carlos de Melo, 43, foi levado para o fundo da agência e obrigado a se deitar no chão. Outro vigia, Manoel Trindade de Oliveira, 33, que estava no mezanino do posto, também foi dominado e teve sua arma tomada.
Sob ameaça de morte e agressão, os cerca de 30 clientes do posto foram deitados no chão.
A intenção dos assaltantes era abrir o cofre do posto bancário, mas não conseguiram porque a abertura é controlada eletronicamente. Foram então recolhidos cerca de R$ 40 mil nos caixas.
Para fugir, os assaltantes fizeram reféns cinco pessoas, entre elas a funcionária Neide Destro de Oliveira e o office boy Anderson Soriano Rodrigues, 15.
O grupo se dispersou na fuga. Três ladrões roubaram o carro Gol de Antonio Cordeiro de Oliveira, que passava em frente ao prédio.
O motorista foi tirado à força do veículo, mas conseguiu acionar o alarme que corta a passagem de combustível ao motor. Trinta segundos depois, o trio ficou a pé, roubou outro carro -uma Parati branca- e fugiu.
Outros dois homens foram detidos em um Logus, também roubado. Neide, baleada, foi levada ao Hospital das Clínicas e passa bem.

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