São Paulo, sábado, 20 de dezembro de 1997
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Saiba como foi dada a sentença

DO BANCO DE DADOS

O escritor britânico, de origem indiana, Salman Rushdie foi condenado à morte pelo aiatolá Khomeini após lançar o livro "Os Versos Satânicos" em 1989.
Segundo Khomeini, a obra desrespeitava o Islã, o profeta Maomé e o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos). O aiatolá, morto em junho daquele ano, incluiu na sua sentença ("fatwa") todos os editores e tradutores do livro. Foram oferecidos US$ 2 milhões para quem matasse o escritor.
Volumes de "Os Versos Satânicos" foram queimados em público em países islâmicos. Hitoshi Igarashi, responsável pela tradução no Japão, foi assassinado em 91. O tradutor italiano e o editor norueguês foram esfaqueados.
No ano seguinte à condenação, Rushdie se converteu ao islamismo, renegando os trechos de seu livro. Disse, mais tarde, ter se arrependido dessa decisão.
Estima-se que já foram gastos mais de US$ 7,5 milhões pelo governo britânico com a proteção a Rushdie. O escritor ainda vive protegido. Só no fim de 95 fez a primeira aparição pública anunciada, em um debate em Londres.

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