São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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PERTO DO EPICENTRO

. PATRICIA MELO
"Carpe diem, nec minimun credula postero." Essa citação de Horácio, em latim, corre a tela de proteção do computador da escritora Patricia Melo. A tradução "colha o dia, não confie no futuro", traduz, na verdade, a determinação da escritora.
Patricia gerencia as funções de escritora, mãe e dona de casa a partir do escritório, que fica no "epicentro" de seu apartamento, entre a sala e a cozinha. Ali, trabalha pontualmente das 11h às 20h.
O ruído das panelas e da louça sendo lavada podem irritá-la. "O complicado de se escrever em casa é que as pessoas não acham que isso é trabalho. Acham que você está ali à toa."
No chão, vão-se formando pilhas de livros, jornais, revistas, anotações e faxes. "Estou fazendo uma pesquisa para um romance 'intertextual'±, diz, e mostra um trecho de "Crime e Castigo", de Dostoiévski. "Meu maior medo é morrer cedo e não poder escrever mais. Este medo está sempre presente. Preciso escrever cada vez mais, e mais rápido."

PATRICIA MELO nasceu em 1962 em Assis (SP). É autora dos romances "O Matador" e "Acqua Tofana" (Companhia das Letras). Vive atualmente em São Paulo (SP).

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