São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 1997
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PAISAGENS ARTIFICIAIS

. BERNARDO CARVALHO
"Gosto de poder escrever visualizando um horizonte", diz o escritor carioca Bernardo Carvalho, que mora em São Paulo. A busca da paisagem o fez comprimir seu escritório num pequeno quarto e colocar sua mesa diante de uma reduzida janela, de onde avista, entre os prédios do bairro de Perdizes, o desenho longínquo da serra da Cantareira.
Sobre a mesa, uma fotografia dele, aos 6 anos, com o pai, os dois em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Perto do computador, caderninhos de anotações, que carrega para todo lado "para que as boas idéias não se percam".
"Escrevo no máximo duas horas por dia", diz. "E já escrevo em definitivo, não fico refazendo. Chego a escrever dois livros ao mesmo tempo, não me agrada essa tendência de fazer pesquisa para fazer um romance. Escrever é invenção. Literatura é sempre artificial."

BERNARDO CARVALHO nasceu em 1960 no Rio de Janeiro (RJ). É autor de "Aberração" (contos), "Onze" e "Bêbados e Sonâmbulos" (romances, Cia. das Letras). Vive em São Paulo (SP).

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