São Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 1997 |
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Faturamento dos shoppings cresce 25%
MAURO ARBEX
A expectativa dos lojistas de shoppings para dezembro é de um faturamento ainda um pouco menor que o obtido no mesmo mês de 96 -queda de 5%-, mas de vendas físicas empatadas. O levantamento foi feito ontem pela Associação dos Lojistas de Shoppings do Estado de São Paulo (Alshop), com base em informações dos principais associados. "Foi o melhor final de semana de dezembro e acreditamos que essa tendência de alta possa se manter nestes dias que antecedem o Natal", afirma Nabil Sahyon, presidente da Alshop. Segundo ele, o pagamento da segunda parcela do 13º salário e do adiantamento dos vencimentos de dezembro, que coincidiram na sexta-feira, ajudaram a movimentar o comércio no final de semana. Grande movimento Os principais shoppings paulistas registraram grande movimento. O Jardim Sul, na zona sul da capital paulista, constatou um aumento de 10% no fluxo de público e um faturamento 16% maior em relação a igual período de 96. Já no shopping Continental, na zona oeste da cidade, o movimento de público, entre os dias 19 e 21, foi de 170 mil pessoas, um aumento de quase 14% sobre o final de semana anterior. Conforme Enio Machado, gerente de marketing do Continental, as vendas cresceram cerca de 10% em comparação a igual período do ano passado. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) confirma o crescimento de vendas com base nos dados de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e ao Telecheque (ver reportagem abaixo). Pequenas lembranças Os produtos de valor baixo, principalmente as pequenas lembranças, são os grandes responsáveis por essa recuperação nas vendas para o Natal. Os lojistas, conforme Nabil Sahyon, estão "vendendo bem as pequenas miudezas, como agendas, CDs, camisetas e até bebidas". Com receio de entrar em dívidas de longo prazo, o consumidor está preferindo compras de valor baixo, que podem ser pagas à vista. Mas as vendas dos chamados bens duráveis, como os produtos eletroeletrônicos, já mostram também alguma recuperação. Em novembro, após a quase paralisação da economia em função da alta nos juros e o anúncio do pacote fiscal do pacote fiscal, a previsão era de queda de 40% no faturamento do setor neste ano. Agora, esse número está entre 15% e 20%, diz Sahyon. Texto Anterior: Coréia do Sul sofre novo colapso cambial Próximo Texto: Presente barato atrai consumidor Índice |
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