São Paulo, domingo, 28 de dezembro de 1997 |
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Até espelho retrovisor muda em 98
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
* Pneus: passam a ter sulcos (os dianteiros três, os traseiros quatro), cobrindo toda a circunferência. Além de uma menor superfície de aderência, serão obrigatoriamente fabricados com compostos mais duros, já que a profundidade dos sulcos será verificada após o uso em treinos e corridas. Chassi: a largura máxima de 2 m passa para 1,80 m, diminuindo a superfície aerodinâmica, que segura o carro na pista durante as curvas. Somado aos novos pneus, deixará os monopostos com maior velocidade final nas retas e mais lentos e instáveis nos trechos em curva, valorizando, segundo a FIA, a habilidade do piloto. A seção transversal na altura das rodas dianteiras aumenta de 250 mm quadrados para 300 mm quadrados em nome da segurança. Freios: até este ano, era possível balancear a frenagem entre as rodas dianteiras e traseiras. Em 98, a carga anterior e posterior deverá ser a mesma. O objetivo é aumentar o espaço de frenagem antes das curvas, o que aumentaria a chance de ocorrer ultrapassagens. Cockpit: as proteções laterais, ao redor do pescoço do piloto, serão estendidas até a frente, envolvendo também o trecho ao lado do volante. O habitáculo também será um pouco mais largo para permitir maior rapidez na saída ou extração do piloto, que, inclusive, terá um novo teste: deverá ser capaz de sair do cockpit e reacoplar o volante à barra de direção no prazo máximo de dez segundos. Tanque: o bocal deverá ter um sistema de vedação seguro, para não permitir sua abertura na pista ou em acidentes. O contato do combustível com metal quente pode causar incêndio. Treinos livres: o limite de 30 voltas por sessão foi abolido. Treinos extras em circuitos novos no calendário também não existem mais. Treinos oficiais: o piloto que receber ajuda externa para voltar aos boxes terá a melhor volta anulada. Largadas: carros que não tiverem com suas quatro rodas montadas cinco minutos antes da largada serão rebaixados para o final do grid. Em caso de uma chuva irromper, a direção de prova pode permitir a troca para o pneu biscoito, adiando a largada em 15 minutos. Câmeras: todos os carros levarão obrigatoriamente duas câmeras de TV a bordo, uma delas sempre acima do santantônio. Eletrônica: o acelerador eletrônico com controle sobre o regime de rotações do motor, o chamado controle de tração camuflado, não será mais tolerado. Sua principal função era evitar que as rodas girassem em falso, desperdiçando tempo. O diferencial eletrônico, que distribui de forma inteligente a tração entre as rodas traseiras, não poderá mais ser ajustado pelo piloto, apenas pela equipe, nos boxes. Partes flexíveis: norma será estabelecida pela FIA antes do início do campeonato para determinar como será verificado o item. A Ferrari, em 97, driblou o regulamento. Espelhos retrovisores: passam de 5 cm x 10 cm para 5 cm x 12 cm, ampliando a área de visão e, consequentemente, a segurança. (JHM) Texto Anterior: F-1 busca terceira revolução da década Próximo Texto: Mercedes e Peugeot disputam espaço vago Índice |
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