São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997 |
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Clima fora do presídio é tenso
WAGNER OLIVEIRA
Muitas mulheres choravam e insistiam com os agentes penitenciários para que levassem aos presos uma proposta para serem trocadas pelas crianças que estão dentro do presídio. As pessoas trocavam insultos com os carcereiros, que, para elas, só estavam preocupados com os 17 colegas mantidos como reféns. "Eles só estão pensando nos colegas. Não se preocupam com os nossos", afirmava Luiz Carlos Aleixo, cuja mulher Maria de Fátima e o filho Pablo Tiago estavam dentro da cadeia. Eles haviam ido visitar o cunhado de Aleixo. Um agente penitenciário, que não quis se identificar, disse que está preocupado com os colegas, pois os presos torturam, batem e ameaçam de morte. O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) condenou o "clima" que havia em frente ao presídio entre os carcereiros e as pessoas que estão do lado de fora."Tanto os carcereiros como os parentes dos presos estão na mesma condição. É inútil o clima de torcida." Vendedores ambulantes aproveitaram a movimentação em torno do presídio para vender água, refrigerante e cachorro-quente. "Soube que tinha muita gente aqui. Aproveitei para ganhar um trocado", disse o desempregado Antonio da Silva Soares. (WO) Texto Anterior: Sindicato diz ter alertado direção Próximo Texto: Negociação com preso foi gravada Índice |
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