São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 1997
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Rapaz é acusado de matar sua namorada a facadas por ciúme

DA REPORTAGEM LOCAL

O operador de telemarketing Alexandre Barros Preguia, 24, é acusado de matar a facadas sua namorada, a estudante de psicologia Marisa de Souza Sanches Slaguenaufi, 19, na madrugada de segunda, na zona norte de São Paulo.
Segundo familiares da moça, o casal, que namorava havia oito meses, passou a brigar muito nos últimos quatro.
A ação violenta do rapaz teria ocorrido porque Marisa, que também dava aulas de jazz, havia pedido "um tempo" no relacionamento e dito que passaria o réveillon na praia com uma amiga.
Segundo Elza Alves de Souza Prado, tia da vítima, Marisa, o namorado e a amiga Lilian Cristina Agostinho, 15, foram a uma lanchonete no domingo à noite. "Na lanchonete, os dois já estavam brigando", afirmou Elza.
A tia disse que Marisa, descontente com a briga, ligou para a casa do namorado às 2h, depois que ela e a amiga foram deixadas em casa. Lilian estava dormindo na casa de Marisa, na Água Fria (zona norte).
"Marisa disse que queria dar um tempo e que iria passar o Ano Novo na Praia Grande (litoral sul paulista). Ele ficou muito nervoso e disse que ia vê-la de madrugada", contou Elza.
Quando o namorado chegou, Marisa desceu, "com roupa de ficar em casa e calçando chinelos", segundo a tia.
"Quando a amiga olhou pela janela, Marisa já não estava na frente da casa. O portão e a porta da casa ficaram escancarados", disse Elza.
Segundo a tia, às 3h30 Lilian teria recebido um telefonema de Preguia perguntando por Marisa. "A menina respondeu que ele é quem deveria saber sobre a moça. Ele disse que tinham brigado e que havia deixado Marisa na avenida engenheiro Caetano Álvares (local onde teria ocorrido o crime)."
Às 5h30, segundo a tia, o rapaz apareceu na casa de Marisa, com outra roupa. Ele trancou as portas da casa que tinham ficado abertas e jogou as chaves para a amiga.
"Ele disse que não poderia procurar Marisa porque tinha de ir trabalhar", disse Elza. O pai de Marisa, José Sanches Slaguenaufi, foi ao 20º DP e comunicou a polícia sobre o desaparecimento. Preguia foi encontrado em sua casa.
Segundo a polícia, o carro do rapaz possuía uma mancha de sangue. Alexandre Preguia teria confessado o crime. O corpo de Marisa foi encontrado na serra da Cantareira, em Mairiporã (Grande SP).

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