São Paulo, segunda-feira, 3 de fevereiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estilo é um primo caipira do rock and roll

RUBENS LEME DA COSTA
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O rockabilly nada mais é do que o velho rock and roll com algumas poucas variações.
O rock começou em 55 com a explosão de Elvis Presley, Chuck Berry, Jerry Lee lewis, Carl Perkins, Roy Orbison, entre outros. Era a época de letras ingênuas de amor, jaquetas de couro, saia rodada, brilhantina e lambretas.
Já o rockabilly, que nasceu na mesma época, tem como expoentes máximos Eddie Cochran, Buddy Holly e Gene Vicent.
Musicalmente, há diferença. O rock incorporou o rhythm'n'blues e o blues, enquanto o rockabilly, o country.
Há duas possíveis explicações para o nome: a primeira seria uma mistura do dito rock com o hillbilly, a música caipira americana. A segunda definição viria da junção das palavras rock com "ability", para designar habilidade.
Coincidência ou não, Buddy Holly e Eddie Cochran morreram jovens, com pouco mais de 20 anos e em acidentes. Holly morreu em 1959, em um desastre aéreo, que vitimou também Richie Valens, que teve sua vida filmada no filme "La Bamba". Eddie Cochran morreu em um acidente automobilístico, um ano depois.
Na década de 80, o maior nome foi o Stray Cats, trio liderado pelo guitarrista e vocalista Brian Setzer, fã incondicional de Cochran. O rockabilly ganhou ainda uma outra vertente: o psychobilly. A diferença são as letras, que falam de morte, violência, com uma certa dose de humor negro. O grande nome é o grupo The Cramps.
No Brasil, os dois maiores representantes foram o Coke Luxe e a Esquadrilha da Fumaça, bandas hoje extintas.
(RLC)

Texto Anterior: Duas bandas revigoram rockabilly
Próximo Texto: OS PRODUTORES
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.