São Paulo, segunda-feira, 3 de fevereiro de 1997
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ZZ Top volta as origens em novo CD

RUBENS LEME DA COSTA
ESPECIAL PARA A FOLHA

O ZZ Top voltou às origens. "Rhythmeen", 15º trabalho dessa banda texana que começou a carreira em 1969, mostra o retorno ao som pesado, com influências claras do blues, que caracterizou a banda no começo.
Em excursão desde outubro do ano passado para promover o novo disco, o baixista Dusty Hill, 47, falou com a Folha por telefone de Nova York, na véspera de tocarem na final do Superbowl de Futebol Americano, na mesma cidade.
Hill, que começou dia 29 sua turnê européia, pela Islândia, disse que não pretende cortar sua barba e que ele e banda planejam tocar no Brasil ainda em 97. "É uma vontade antiga nossa", disse.
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Folha - Há comparação entre esse disco e o anterior, "Antenna"?
Dusty Hill - "Antenna" tinha um som mais básico, tipo três acordes, diferente de "Rhythmeen", que vai mais fundo à nossa origem, mostrando mais nosso começo, quando tocávamos mais blues.
Folha - O que significa ZZ Top?
Hill - Ah, não me pergunte isso. Eu não sei mais (risos). Existem muitas teorias, mas já faz quase 30 anos e não me lembro.
Folha - Vocês têm planos de tocar no Brasil?
Hill - Eu espero que sim. Nós tivemos alguns convites no passado, mas não deram certo. Nós gostaríamos muito de tocar pela América do Sul.
Folha - Como está sendo a turnê?
Hill - Tudo bem. Estamos começando agora a parte européia e estamos muito felizes com ela.
Folha - Você acha que seu público é formado basicamente por garotos ou por velhos fãs?
Hill - Acho que há um equilíbrio, mas acho que temos mais garotos nos assistindo do que seus pais, hoje em dia.
Folha - Qual é a "fórmula"para vocês ficarem tanto tempo junto, sem brigas?
Hill - Foi não ter planejando ficar tanto tempo no grupo (risos). Acho que é basicamente nossa amizade. Fazemos tudo junto, é bem simples.
Folha - Você ou Billy Gibbons (guitarrista) planejam cortar, algum dia, suas barbas?
Hill - Não, acho que não. Gostamos delas, e tenho medo do que posso ver, caso a corte.
Folha - Você lembra como era seu rosto antes?
Hill - Tenho algumas fotos de quando era garoto (risos).
Folha - Vocês tem um museu dedicado ao blues, não?
Hill - Sim, o "Delta Blues Museum", mas nós apenas o sustentamos, não é nosso.
Folha - Qual seu "bluesman" favorito?
Hill -Tenho vários. Robert Johnson, Buddy Guy, B.B.King, entre outros. Adoro também bandas como Cream, Allman Brothers Band. Eles eram incríveis.
Folha - Como trabalha o ZZ Top em estúdio?
Hill - Não temos nada fixo. As vezes começa com "jam session", outras vezes chegamos com alguma canção. Não há uma regra.
Folha - Os vídeos da banda são cheios de carros e garotas. Como será o próximo?
Hill - Provavelmente com mais garotas e carros (risos). É o nosso espírito, nossa melhor tradução.

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