São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997![]() |
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Busca a verba desviada terá nova estratégia
WILSON TOSTA
"Uma sentença da Justiça americana tem muita força no mundo inteiro", disse ontem à Folha o procurador-geral do INSS, José Weber Holanda Alves. "Queremos rastrear onde Jorgina tem recursos, entrar nas Justiças desses países e pedir a homologação da sentença americana." Júri popular do condado de Dade, em Miami, decidiu, na semana passada, que Jorgina terá de pagar cerca de US$ 123 milhões ao Brasil. Antes, ela havia sido condenada pela Justiça brasileira a cerca de 25 anos de prisão em dois processos. Sabe-se que ela tem, em seu nome, US$ 2,2 milhões, que serão liberados quando sentença for publicada, em dez dias. Mas há mais dinheiro bloqueado nos EUA, em nome de parentes de Jorgina e de empresas "frias", que poderá ser liberado mediante requerimento. Para o procurador Zander Martins de Azevedo, que chefia um grupo de trabalho que tenta achar o dinheiro desviado, o fato de a Justiça americana ter condenado Jorgina facilitará o rastreamento do dinheiro. Estima-se que saíram do país 60% dos mais de US$ 600 milhões desviados do INSS. Processo parado Iniciado em 1991, o processo por supostas fraudes contra o INSS em Nova Iguaçu (RJ) a que respondem no Rio o juiz Pedro Diniz Pereira e outros 19 acusados está parado há cerca de um ano. Já foi "ultrapassado" pelo processo americano contra Jorgina Fernandes, que começou em 94 e teve sentença na semana passada. O motivo é a demora na publicação de um acórdão (decisão) do Superior Tribunal de Justiça sobre um conflito de competências entre o Tribunal de Justiça do Rio e a 4ª Vara Federal. O STJ determinou que o processo seja desmembrado. Mas a decisão ainda não saiu no "Diário Oficial", impedindo que o processo ande. Texto Anterior: INSS toma empréstimo de R$ 400 milhões Próximo Texto: Motta reafirma no STF críticas a Maluf Índice |
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