São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Ação do Gate foi legal, diz corregedoria

ANDRÉ LOZANO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Corregedoria da Polícia Militar considerou ontem, preliminarmente, legal a ação do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) que terminou com a morte do comerciante Osvaldo Manoel da Silva, na manhã do último sábado, em Santo André (Grande São Paulo).
O comerciante foi morto por PMs do Gate durante operação para resgatar sua mulher, Márcia Carmem dos Santos.
Silva, armado de dois revólveres, manteve sua mulher como refém durante quatro horas em seu apartamento no Jardim Bela Vista.
"Preliminarmente podemos pensar em ação legal. O comerciante teria recebido os tiros após reagir", disse o tenente Edson Roberto do Amaral, responsável pela investigação na corregedoria. Os PMs estão afastados.
Os policiais do Gate invadiram o apartamento e levaram Silva da sacada para o interior do imóvel. Nesse momento, um tiro e um grito foram ouvidos. A mulher do comerciante não saiu ferida.
Segundo o capitão Theseo Darcy Bueno de Toledo Júnior, comandante da operação de sábado, o barulho ouvido quando o comerciante estava no interior do apartamento seria o disparo de uma espingarda calibre 12 que os PMs usaram para arrombar, com atraso, a porta da cozinha.
"Silva recebeu os três tiros quando estava na sacada. Os disparos foram realizados pelos policiais do Gate depois que invadiram o apartamento", disse Toledo.
O tenente Carlos Eduardo Zoli disse que os dois primeiros tiros foram feitos com submetralhadora HK-SD (com silenciador) e o terceiro, com revólver calibre 38. "Usamos a HK porque é precisa e silenciosa, o que impede a pessoa de saber de onde está vindo o tiro."
As imagens da TV mostram que Silva sacou um revólver após a invasão do apartamento, mas não deixam claro quantos tiros levou.
Segundo Zoli, Silva teria disparado primeiro. Ele disse que os tiros foram dados a 4 m de distância.

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