São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Polícia pede cópia de vídeo

DA AGÊNCIA FOLHA NO ABCD; DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil pediu às redes de televisão as fitas de vídeo sobre a ação do Gate. Ainda deverão ser ouvidos os depoimentos dos cinegrafistas e de outras testemunhas do caso.
Os laudos do Instituto Médico Legal, que determinará a distância em que os disparos foram feitos pelos policiais militares, e o do Instituto de Criminalística, com o exame do apartamento, deverão ficar prontos amanhã.
Segundo a Polícia Civil de Santo André (Grande São Paulo), a mulher do comerciante morto, Márcia dos Santos Silva, 21, disse em depoimento que teria sido morta se não fosse a ação dos policiais.
O comerciante Osvaldo Manoel da Silva, 28, foi morto com três tiros. Márcia era mantida refém por ele.
Segundo o delegado Guerdson Ferreira, do 1º DP, Márcia disse em depoimento que não presenciou a ação do Gate. "Ela disse que se não fosse a ação do Gate, teria sido morta e ele (Silva), se suicidado", disse Ferreira.
Márcia disse ainda que Silva havia fumado crack durante toda a noite e a acordou às 5h para acusá-la de roubo de um dinheiro referente à venda de uma moto. Silva estava armado com dois revólveres calibre 38.
Silva era dono de uma revendedora de motos. Segundo o delegado, há vários boletins de ocorrências sobre problemas com a venda de suas motos.
"Márcia disse que ele praticamente não trabalhava mais, apenas consumia crack", afirmou Ferreira.
Cinco pedras de crack e um cachimbo foram apreendidos pela polícia no apartamento do casal. Silva já havia sido processado quatro vezes e absolvido em todos os processos.

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