São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997
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Bolsa de SP inicia mês com alta de 1,6%

DA REPORTAGEM LOCAL; COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Bolsa de Valores de São Paulo entrou em fevereiro mantendo o bom desempenho dos últimos meses com alta de 1,64% e volume financeiro de R$ 475,4 milhões.
Nesta semana começam a ganhar importância os negócios com Telebrás PN visando influenciar o preço das ações de olho no vencimento do mercado de opções, marcado para o próximo dia 17.
A opção dá ao investidor o direito de comprar ou vender ações a um preço previamente combinado para entrega em data específica (no caso, o dia 17).
Alguns grandes investidores operam também no mercado à vista, com o objetivo de inflar os preços, por exemplo, para que fiquem acima do preço da opção, quando esta é de compra.
Com a movimentação dos comprados e vendidos, conforme o jargão do mercado, a Bolsa fica mais instável, aumentando o risco dos negócios.
No entanto, o otimismo do mercado também tem fundamento econômico, que se apóia especialmente na continuidade do processo de privatização, reforçada com a aprovação da reeleição.
Com isso as ações de telecomunicações e energia acabam concentrando os negócios.
E o cenário externo é favorável, com os juros nos principais mercados internacionais estando em níveis muito baixos.
Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York operava ontem em baixa, mesmo com a queda no rendimento pago pelos títulos norte-americanos.
O índice Dow Jones, que acompanha os preços das principais ações do setor industrial, chegou a cair mais de 40 pontos durante a manhã, se recuperando um pouco no período da tarde.
Os títulos de 30 anos pagavam ontem ao investidor 6,74% ao ano, contra um rendimento de 6,79% no final da sexta-feira.
O mercado ficou otimista com a divulgação do índice da Associação Nacional de Diretores de Compras de janeiro de 52%, contra uma estimativa de 53,8%.
Quanto maior esse índice, mais aquecidos estão os negócios.
O mercado entendeu que o banco central norte-americano não terá razões para aumentar a taxa de juros da economia, quando se reunir amanhã para redefinir a política monetária do país.

Com agências internacionais

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