São Paulo, terça-feira, 4 de fevereiro de 1997 |
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Clinton recebe e dá apoio a Fujimori
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
Fujimori disse que Clinton lhe reafirmou "contínuo e excepcional apoio" na crise. Os dois se reuniram por 20 minutos, após alguma relutância de Clinton, que temia valorizar o sequestro com uma audiência a Fujimori. Militantes do Movimento Revolucionário Tupac Amaru mantêm 72 reféns desde 17 de dezembro último. Nenhum cidadão norte-americano está entre os reféns. Antes do encontro com Clinton, Fujimori falou à Organização dos Estados Americanos e rechaçou a possibilidade de fazer um "acordo de paz" com o MRTA. "Não sei que tipo de acordo de paz pode-se querer de um país que já vive em paz", afirmou Fujimori. Na OEA, o presidente peruano recusou a teoria de que "a pobreza crítica esteja na raiz de atos de violência política como este". Na sua avaliação, o Peru erradicou o terrorismo. "O que restou é a ação desordeira, anárquica e isolada de grupos que se dizem rebeldes, guerrilheiros, revolucionários." Fujimori ainda descartou acusações de abusos contra prisioneiros políticos em seu país. "O sistema penal do Peru é um dos mais modernos da América Latina e os prisioneiros são mantidos de acordo com os padrões de respeito aos direitos humanos", disse à OEA. Em entrevista coletiva no Clube Nacional de Imprensa, Fujimori afirmou que não recebeu apelo de nenhuma autoridade dos EUA para a libertação de Lori Berenson, cidadã norte-americana condenada no Peru por suposta ligação com o movimento Tupac Amaru. Ele disse que, após o sequestro, interrompeu negociações para que ela fosse transferida para prisão nos Estados Unidos. Texto Anterior: Choque com guerrilha mata 20 na Colômbia; Vice sugere pedir destituição de Bucaram; Califórnia procura suposto terrorista; Sauditas deportam crianças, afirma Índia Próximo Texto: Vice se opõe a Bucaram Índice |
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