São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Temer tentará ampliar votos pró-FHC
MARTA SALOMON
A prova está marcada para o dia 25. O comando político do governo investe agora no apoio de 360 dos 513 deputados à emenda que permite ao presidente Fernando Henrique Cardoso disputar um segundo mandato. Semana passada, a emenda teve 336 votos a favor. "Toda reforma exige trabalho e essa vai demandar muito trabalho", comentou Temer logo depois de assumir o comando da Câmara e a tarefa de retribuir o apoio do governo à sua eleição. O trabalho será "mais fácil", calculou o deputado Luís Eduardo (PFL-BA) minutos depois de deixar a presidência da Câmara. "Começar da estaca zero, em hipótese alguma", insistiu o líder do PSDB, José Aníbal (SP), planejando aumentar a adesão à emenda nas bancadas do PMDB e do PPB, sem precisar renegociar os votos de quem já votou a favor. "Em política não se pode descuidar, precisa sempre conversar, mas garanto que o placar vai ser muito maior", afirmou o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE). A votação apertada de Temer, obtida com 257 votos, não abalou a contabilidade governista. "Se a votação do Michel Temer não foi a que esperávamos, a eleição do senador Antonio Carlos Magalhães foi muito melhor do que pensávamos", disse o líder pefelista. A eleição de Temer e ACM fazia parte de um acordo negociado pelo governo para aprovar a emenda. Por isso, eles avaliam que o resultado das votações teria fortalecido o governo para enfrentar os próximos testes de votos da reeleição. A oposição Até agora, a oposição não tem estratégia definida para enfrentar o segundo turno da reeleição. O líder do PT, José Machado (SP), disse que "caducou" a estratégia de obstruir a votação, adotada na semana passada. A oposição vai medir forças e discutir uma nova estratégia depois do Carnaval. Machado defende que os opositores da reeleição, inclusive Paulo Maluf (PPB) e Paes de Andrade (PMDB), continuem trabalhando juntos. Mas, depois de rachar no primeiro turno da reeleição, o PPB teria desistido de trabalhar contra ou a favor da emenda, segundo o líder do partido, deputado Odelmo Leão (MG). "O Maluf já fez o trabalho que tinha de ser feito: está encerrado. Cada deputado está livre para decidir", disse. Texto Anterior: Festa de ACM reúne 180 convidados Próximo Texto: Missa de sétimo dia reúne parentes e amigos de Callado Índice |
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