São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997
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Governo ficará com 50% do que for descoberto em Carajás

BNDES tem 30 dias para concluir o edital de venda da empresa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo ficará com 50% dos recursos minerais que vierem a ser descobertos na área de Carajás, no Pará, pela CVRD (Companhia Vale do Rio Doce) após a privatização da empresa.
Para isso, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai assinar um contrato de risco com a CVRD para pesquisar o potencial de recursos minerais nessa área.
Depois de feita a pesquisa, o BNDES terá direito a 50% do que for descoberto e a CVRD ficará com os outros 50%, disse o ministro do Planejamento, Antonio Kandir, após a reunião do CND.
O BNDES poderá explorar essa área em conjunto com o novo dono da empresa. Poderá vender seu direito de exploração ou comprar a parte do novo dono caso ele decida não explorar os recursos.
O CND fixou prazo de 30 dias para o BNDES concluir o edital para venda da empresa. O vice-presidente do BNDES, José Pio Borges, disse que o leilão de privatização deverá ser realizado em abril.
O preço mínimo da empresa será fixado no edital. Borges afirmou que o edital deve ficar pronto no final deste mês.
Jazida
Geólogos e consultores da Vale estimam que a nova jazida mineral descoberta em Carajás (PA), em outubro de 1996, tenha 500 toneladas de ouro. A jazida, denominada Corpo Alemão, teria assim três vezes mais minério do que a maior mina de ouro já dimensionada no país -Serra Leste (PA), com 150 toneladas, a 2 km do garimpo de Serra Pelada, já desativado. Desde 1980, Serra Pelada produziu oficialmente 50 toneladas de ouro.

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