São Paulo, quinta-feira, 6 de fevereiro de 1997 |
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Bucaram trocou o populismo pelo neoliberalismo
DA REDAÇÃO Abdalá Bucaram Ortiz, 45 anos completados anteontem, é o mais novo de uma safra de populistas que chegaram ao poder na América Latina com discurso populista, mas acabaram adotando medidas neoliberais -como, por exemplo, fez Carlos Menem, na Argentina.Na campanha, revelou-se folclórico, mas acabou levando seu Partido Roldosista Equatoriano à vitória contra o social-cristão Jaime Nebot, hoje um dos articuladores do impeachment. Empossado em 10 de agosto passado, prometeu um governo de "conciliação nacional" -o Equador, no governo do veterano Sixto Durán-Ballén, vinha de um conflito fronteiriço com o Peru e da destituição do vice-presidente Alberto Dahik, por corrupção. No governo, Bucaram gravou um disco como cantor de rock, lançou uma marca de leite com seu nome e foi ao Peru -o que o fez ser criticado por seu tom servil em relação ao presidente Fujimori. Sua popularidade declinou com a proposta da convertibilidade do sucre, a moeda local -o que, diz a oposição, vai gerar recessão e desemprego-, e aumento de tarifas, para conter o déficit público. Texto Anterior: Rumor de golpe amplia crise no Equador Próximo Texto: Brasileiros pedem ajuda para libertação Índice |
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