São Paulo, sexta-feira, 7 de fevereiro de 1997 |
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'Não devo nada ao governo', diz Temer
LUCIO VAZ
"Não devo nada ao governo. O governo me apoiou (na eleição para a presidência da Câmara) porque eu o apoiei (na aprovação da emenda da reeleição)". O desabafo foi feito em jantar oferecido pelo deputado Jurandir Paixão (PMDB-SP), anteontem à noite. Temer soube que FHC havia afirmado a um líder governista que ele não teria vencido sem o apoio do governo. "Isso é mentira. Parte de pessoas que querem diminuir a minha vitória", reagiu o presidente da Câmara, segurando uma taça de champanhe. Foram servidas, durante a festa, mais de 20 garrafas de champanhe Cristal (cerca de R$ 200 a garrafa). Temer não negou, porém, a vinculação entre a aprovação da emenda da reeleição e sua eleição. Disse que sentiu que venceria no exato momento em que a emenda foi aprovada. Ele disse que perdeu votos devido à indicação de um candidato a segundo vice-presidente da Câmara contra o nome oficial do PPB, Severino Cavalcanti (PE). Líderes governistas incluíram Pauderney Avelino (PPB-AM) na chapa de Temer. O ex-presidente Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA) chegou ao jantar de carona no carro oficial do novo presidente da Câmara. Quando deixava a festa, comentou a angústia que sentiu à espera do 257º voto. "Nossa. O voto não vinha. Saíram dois em branco, e o voto não vinha. Foi um sufoco." Luís Eduardo também foi ao jantar oferecido pelo empresário João Carlos Di Gênio (Grupo Objetivo) ao primeiro vice-presidente da Câmara, Heráclito Fortes (PFL-PI). Texto Anterior: Festa de chegada de ACM atrasa vôo e pára Salvador Próximo Texto: Comissão altera a emenda da reeleição Índice |
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