São Paulo, terça-feira, 11 de fevereiro de 1997
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Ataque atribuído ao ETA mata juiz do Supremo espanhol

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um juiz do Tribunal Supremo espanhol foi morto com um tiro em frente a sua casa, em Madri, em um atentado atribuído ao grupo separatista ETA. Se for confirmada a autoria, terá sido o segundo atentado do grupo basco no dia.
Horas antes, um carro-bomba explodiu próximo a uma base aérea na cidade de Granada, que fica no sul do país, matando um civil (empregado do Exército) e ferindo sete pessoas.
Autoridades espanholas acreditam que o assassinato do juiz Rafael Martínez Emperador, 69, tenha sido uma vingança contra recentes decisões do tribunal contra membros do ETA.
Emperador, considerado pelo colegas um juiz "brilhantíssimo", costumava se ocupar de processo trabalhistas.
"Essa é a voz do ETA, a única maneira que o ETA sabe agir: morte e terror", disse o vice-premiê do país, Francisco Alvarez-Cascos.
O ministro do Interior, Jayme Mayor Oreja, interrompeu uma visita a Israel e disse que o momento não é propício para negociar com os separatistas do País Basco (norte da Espanha).
O dia foi tenso também por causa de protestos pela morte de Eugenio Aramburu, membro do partido basco Herri Batasuna (HB), que estava preso pela suspeita de sua ligação com o ETA (o Herri Batasuna é apontado como braço político do grupo terrorista).
Ele foi encontrado enforcado em sua cela, com pés e mãos amarrados. Legistas disseram que ele estava deprimido e se suicidou.
Os simpatizantes da independência basca duvidaram: "O povo não perdoará", "assassinos, vocês mataram outro prisioneiro", gritaram, durante manifestações ao longo do fim-de-semana.
Koldo Castañeda, dirigente do HB, teve sua prisão decretada por sua suposta ligação com o ETA.

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