São Paulo, sexta-feira, 14 de fevereiro de 1997
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Assassinato foi em 1984

DA REDAÇÃO

Lamia Maruf Hassan usou seu passaporte brasileiro, em 1984, para alugar o carro com placas israelenses que foi utilizado no sequestro do soldado israelense David Manos.
Dirigindo, Lamia deu carona para o soldado. O marido dela, Tawfic, e outro palestino que estavam no carro dominaram-no. O sequestro terminou com o assassinato de Manos.
Lamia foi presa em março de 1986. Levada à Justiça Militar de Israel, ela foi condenada à prisão perpétua. O marido dela recebeu a mesma pena e continua detido. Lamia não pôde visitá-lo.
O que levou Lamia a ser libertada foi o fato de ser mulher. Pelos acordos de paz entre palestinos e israelenses, as mulheres árabes presas por Israel deveriam ficar livres.
A libertação de Lamia foi iminente várias vezes, desde então. Mas seu envolvimento na morte de um israelense contribuiu para que a anistia fosse adiada.
Lamia fez parte da última leva, de 31 prisioneiras, a deixar a cadeia. Foi a primeira a sair da prisão de Hasharon na terça-feira, após assinar um compromisso de não mais cometer ataques terroristas contra alvos israelenses.
Por ser cidadã brasileira, foi a única deportada. Suas companheiras permaneceram no Oriente Médio.

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