São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997
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Diplomata pode ir à Geórgia cumprir pena

Acidente causou morte de brasileira

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O presidente da Geórgia, Eduard Chevardnadze, vai pedir ao governo dos EUA para que o diplomata Gueorgui Makhardaze possa cumprir a pena em seu país caso seja condenado pela morte da adolescente brasileira Joviane Waltrick.
Makharadze, 35, vai ser indiciado hoje pelo homicídio culposo de Waltrick, que morreu aos 16 anos no dia 3 de janeiro depois que seu carro foi atingido pelo do diplomata no centro de Washington. A pena máxima é 70 anos de prisão.
Segundo a polícia, Makharadze dirigia em velocidade três vezes superior à permitida e parecia estar embriagado quando o acidente ocorreu. O governo da Geórgia suspendeu a sua imunidade diplomática para ele poder ser julgado.
Mas o presidente Chevardnaze está sendo criticado em seu país por causa da decisão. Muitos jornais na Geórgia acham que Makharadze foi "vendido" pelo presidente, cujo governo depende política e economicamente dos EUA.
A família de Waltrick emigrou Para os EUA em julho do ano passado. Sua mãe tem feito campanha pela condenação do diplomata.
O caso tem tido grande repercussão nos EUA e deu início a debate sobre a imunidade diplomática.

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