São Paulo, terça-feira, 18 de fevereiro de 1997
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'Bibi' será interrogado por corrupção

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O premiê de Israel, Binyamin "Bibi" Netanyahu, voltou dos EUA para se deparar com crise interna. O dirigente, ao mesmo tempo em que enfrenta acusação de corrupção, tem de acalmar aliados que ameaçam abandoná-lo.
A polícia de Israel vai interrogar hoje o primeiro-ministro sobre acusações de seu envolvimento em caso de corrupção.
"O primeiro-ministro vai testemunhar amanhã à tarde (hoje)", disse um porta-voz do governo israelense ontem.
A TV estatal Canal Um acusou Netanyahu de atender a exigência do partido Shas (religioso ortodoxo, de ultradireita) para o preenchimento de um cargo em troca do apoio do partido ao acordo sobre a retirada israelense de Hebron (Cisjordânia), firmado com os palestinos em janeiro último.
Segundo a TV, o dirigente israelense nomeou o advogado Roni Bar-On para o cargo de procurador-geral do país, atendendo a demanda do líder do partido Shas, Aryeh Deri, que está sendo julgado por corrupção.
Bar-On prometeu ao líder do Shas um acordo judicial que permitiria a Deri continuar sua carreira política, afirmou a TV.
O apoio do Shas ao acordo sobre Hebron foi fundamental para a sua aprovação.
O interrogatório pode demorar mais de um dia, afirmou o chefe de polícia, Asaf Hafetz, a uma rádio de Israel. "Espero que um dia seja suficiente, mas, se nós precisarmos de mais tempo, nós o requisitaremos", disse Hafetz.
Jerusalém Oriental
As declarações de descontentamento surgiram após a imprensa israelense divulgar notícia de que Netanyahu havia se comprometido com o presidente dos EUA, Bill Clinton, a não expandir os assentamentos em território palestino.
Os palestinos têm planos de construir um Estado cuja capital seria Jerusalém Oriental.
O prefeito da cidade, Ehuk Olmert, prometeu que mandaria tratores para Har Homa, em Jerusalém Oriental, dentro de alguns dias caso as reportagens se mostrassem verdadeiras. Har Homa fica próximo a uma aldeia palestina.
Julgamento no Egito
O Egito disse ontem que vai julgar três israelenses e um egípcio sob acusação de espionar para Israel. O israelense Azam Azam, que trabalhava em fábrica israelense de tecidos no Cairo (capital do Egito), está preso no país desde novembro último. Os outros três acusados, o egípcio Emad Abdelhamid Ismail e as israelenses Mona Ahmed Shawahna e Zahra Youssef Greis, estão em liberdade.

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