São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997 |
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Promotor admite 'desconforto'
DA REPORTAGEM LOCAL O Ministério Público não viu qualquer irregularidade na ação da Polícia Militar, ontem, nas ruas centrais de São Paulo.Para o promotor da cidadania, Fernando Capez, que acompanha e fiscaliza a operação, houve, no máximo, um "desconforto" para as pessoas que foram submetidas a revista ou a checagem de seus dados em delegacias. "Há um conflito entre o individual e o social, em que os dois lados devem ceder. Quem se submete a um desconforto hoje vai agradecer mais tarde por sua segurança", declarou ele. O promotor ainda acrescentou que abordar as pessoas não é ilegal, desde que haja fundada suspeita de que ela esteja em situação irregular. "O que não pode é discriminar", disse. O sistema de identificar as pessoas por impressões digitais nas delegacias é permitido, mas apenas para quem não portar documento de identidade. Capez também afirmou que buscará maior entendimento com a Polícia Civil e que a prefeitura precisaria arrumar mais albergues para alojar quem mora nas ruas. Pediu, por fim, ajuda a entidades de assistência a crianças e adolescentes, no sentido de alojá-los. "O importante é que essa operação não seja só algo de impacto." O promotor lembrou que quem for humilhado pela PM, ou sofrer qualquer tipo de violência, deve procurar uma delegacia, o comando da PM ou a Procuradoria da Cidadania (Ministério Público). Texto Anterior: População paga preço por segurança, diz comandante Próximo Texto: Entidades querem contestar operação Índice |
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