São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Mercado espera correção cambial de 8%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A definição da nova banda de variação do dólar comercial não alterou a expectativa de variação do câmbio para 97. O mercado continua projetando uma desvalorização do real em relação ao dólar próxima a 8% no ano.
Ou seja, o Banco Central conseguiu pôr panos quentes nas especulações em torno do futuro da política cambial e reafirmou que nada deve mudar nessa área.
Principalmente porque, segundo operadores e executivos financeiros ouvidos pela Folha, a nova banda de variação do dólar -R$ 1,05 (piso) e R$ 1,14 (teto)- é tão ampla quanto a anterior.
A faixa em que o dólar pode oscilar é agora de 8,57%, contra uma faixa anterior de 9,28%.
E, além disso, o BC mostrou que continuará operando por meio de leilões de spread -quando ele define o piso e o teto informal para a variação do dólar, as minibandas.
Para Cláudio Lélis, vice-presidente do Banco Pontual, a projeção para o câmbio nesse ano continua sendo próxima a 8%.
"Essa nova banda deve durar pelo menos até março, abril do próximo ano", considera Lélis.
O economista Odair Abate, do Lloyds, estima um "prazo de validade" semelhante para a faixa de variação do dólar.
Na avaliação de Abate, o dólar comercial deve fechar o ano sendo cotado a R$ 1,11 ou R$ 1,12.
Bovespa
A Bolsa de Valores de São Paulo passou muito bem o dia seguinte ao vencimento das opções, registrando forte volume financeiro -R$ 655,4 milhões-, encerrando o dia com alta de 1,5%.
Alguns analistas, no entanto, argumentam que o mercado deve contar com alguma realização de lucro, já que a Bolsa tem subido continuadamente.
Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York operou ontem em alta desde o início do dia, depois de permanecer fechada no dia anterior por conta de um feriado nacional.
O índice Dow Jones, que acompanha os preços das ações mais negociadas, fechou com alta de 1,12% com relação a sexta-feira.
No mercado de títulos, o rendimento anual pago aos investidores oscilou próximo a 6,55%, no caso dos papéis de 30 anos da dívida do governo dos EUA.

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