São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Como vai o setor calçadista?

CARLOS ALBERTO MESTRINER

"Aqueles que militam no setor como nós..." Temos ouvido essa frase todos os dias. Ela tem sido pronunciada por lojistas, preocupados em tornar seus estabelecimentos os melhores pontos-de-venda de calçados; pelas representantes comerciais, que buscam resultados crescentes de vendas, e pelos funcionários das empresas da área, geralmente inseguros em relação à manutenção de seus empregos.
"Aqueles que militam no setor como nós...", nos últimos tempos, é uma frase que vem seguida de exemplos de heroísmo no enfrentamento da crise que atingiu o setor calçadista, marcadamente entre o final de 1994 e o início de 1995.
A crise chegou como um furacão, varreu centenas de empresas e desempregou milhares de colaboradores.
A soma de forças que ajudariam no enfrentamento da crise não tardou a acontecer.
No Congresso Nacional, foi criada a bancada calçadista, que atuou com o objetivo de sensibilizar o governo a tomar medidas que auxiliassem na modernização das empresas do setor.
Pouco depois, felizmente, vimos a elevação das alíquotas de importação, pois, dentro de um mercado saudável, é impossível estabelecer concorrência com os chineses.
O lojista, por sua vez, passou a buscar alternativas de melhora de vendas, para manter o cliente.
Grandes vitórias foram obtidas de 1995 para cá, mas ainda falta muito para termos um setor calçadista eficiente e competitivo.
Hoje, grande parte das empresas reviu sua vocação empreendedora, reduziu custos e, assim, deu os primeiros passos para disputar mercado numa economia globalizada.
Num passado recente, os analistas econômicos fizeram cálculos científicos e projetaram, com bastante antecedência, as dificuldades do setor. Hoje em dia, qualquer leigo, ao ver os números que reproduzimos, vai profetizar a sobrevivência de mercado daquelas empresas que se transformarem em campeãs no encantamento de seus clientes.

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