São Paulo, quarta-feira, 19 de fevereiro de 1997
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Dorléac ganha lembrança e livro

DA REPORTAGEM LOCAL

Junho de 1967. Em um desastre de automóvel, então com 25 anos, a "falsa gêmea" de Catherine Deneuve, Françoise Dorléac, morria e roubava da França, nas palavras do cineasta François Truffaut, "a graça, a feminilidade, a inteligência e uma incrível força moral".
Com a proximidade dos 20 anos da morte da atriz de Truffaut, mas também de Roman Polanski e Demy, esse um pouco responsável por seu mito, Deneuve resolveu abandonar o silêncio sobre sua irmã. O resultado é o documentário "Elle S'Appelait Françoise".
Exibido na TV francesa em dezembro, esse "Ela Se Chamava Françoise", com direção de Anne Andreu e Mathias Ledoux, trouxe imagens e depoimentos inéditos sobre a carreira de Dorléac.
Mas seu maior apelo, na verdade, era a presença de Deneuve, que sempre se recusou a falar da vida pessoal (da família ou das relações afetivas) e que, depois de quase duas décadas, aceitava a tarefa.
Agora, dois meses depois, o "Elle S'Appelait" se transforma também em livro e participa, curiosamente, do "momento Demy" do cinema francês.
Montado com o desejo de ser "a fotografia exata de um período", o livro -na opinião da imprensa do país- supera o filme.
No papel, distante do "modelo televisivo", parece conseguir, com maior eficácia, mostrar a efervescência dos anos 60 (em um extenso material fotográfico) por meio das manias, casos e "incrível agitação do espírito" de Dorléac.

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