São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 1997
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STF volta a ser o centro das atenções

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Pelo segundo dia consecutivo, o STF (Supremo Tribunal Federal) foi a principal atração do mercado financeiro nacional.
Dessa vez os investidores ficaram à espera de uma definição a respeito da constitucionalidade do processo de privatização da banda B da telefonia celular -a faixa que o governo destinou às empresas de capital privado.
O principal temor dos investidores era que o STF decidisse suspender o processo atualmente em curso, o que atingiria em cheio a menina dos olhos do Programa Nacional de Desestatização -as empresas do sistema Telebrás.
Seria a segunda má notícia -do ponto de vista de um investidor- que sairia dos tribunais de Brasília em 24 horas. A primeira foi o aumento de 28,9% aos servidores.
Flutuação
Assim o preço das ações da Telebrás flutuou de acordo com as informações que o mercado recebia.
No início da tarde, Telebrás PN chegou a cair 0,6%, mas se recuperou quando saiu a informação de que os juízes não interromperiam o processo de privatização.
O movimento, no entanto, não durou muito tempo. Logo começaram a sair negócios a preços ainda menores, com recuo de até 1,2% com relação ao dia anterior. No fechamento, as ações da Telebrás registravam queda de 1%.
Contribuiu para o recuo das cotações o fato de alguns investidores optarem por vender seus papéis para realizar de uma vez o lucro, já que a ação subiu nesse início de ano mais de 20%.
E ainda o pessimismo que veio do fronte externo, com as cotações caindo em Wall Street, o mercado de maior influência no mundo.
Nova York
A Bolsa de Nova York fechou ontem com queda de 1,3% com relação ao dia anterior, a 6.927,38 pontos, no segundo dia consecutivo de realização de lucros.
No mercado de títulos federais, os papéis com prazo de vencimento de 30 anos pagavam ao investidor 6,60% ao ano, taxa pouco superior à do dia anterior.
Por outro lado, a moeda norte-americana registrava queda nos principais mercados do mundo, o que fez alguns analistas afirmarem que a alta do dólar no mercado internacional pode ter terminado.

Com agências internacionais

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