São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Tradição alagoana

Meneses Cortes (DF), deputado federal pela UDN, participava de uma CPI que investigava o DFSP (Departamento Federal de Segurança Pública) em 1959.
Em uma de suas idas ao departamento foi agredido pelo chefe da repartição, coronel Amauri Kruel, num episódio que provocou a queda de Kruel.
Logo depois do incidente, Cortes foi ao gabinete de José Bonifácio (UDN), 1º secretário da Mesa da Câmara.
Lá, estavam outros parlamentares como Aluísio Nonô (AL), eleito pela Frente Democrática Trabalhista, e o secretário particular de Jânio Quadros (PTB), Augusto Marzagão.
Cortes chegou e relatou a agressão. O ambiente ficou tenso. Nonô fez uma pergunta:
- O sr. estava armado?
Cortes negou. Nonô, que já esperava a resposta, disparou:
- Fez mal. Lá em Alagoas, nós não vamos desarmados nem em batismo: nunca se sabe quais são as reais intenções do batizado.

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