São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Arquiteto é morto com 1 tiro nos Jardins

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O arquiteto José Paulo Basile Rivelli, 55, foi morto com um tiro na cabeça ontem, à 1h15, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). A polícia desconfia que ele foi vítima de um roubo, mas não descarta a hipótese de homicídio intencional.
Rivelli era solteiro e, segundo a polícia, tinha ido a um jantar anteontem à noite. Ele morava na alameda Campinas, em Cerqueira César (região central), perto do local onde o crime aconteceu -a esquina da avenida brigadeiro Luis Antônio com a rua Batatais.
Segundo o 78º DP, uma testemunha, o segurança Isac de Oliveira Rodrigues, 27, afirmou que pelo menos três homens participaram do crime. Rodrigues disse aos policiais que um dos criminosos tinha cerca de 18 anos, era mulato e vestia camiseta branca e calça jeans.
Em seguida, ocorreu um disparo, que teria sido feito pelo rapaz de 18 anos. O assassino portava um revólver velho.
Após os tiros, dois homens saíram correndo de um lado e o rapaz no sentido contrário. O carro do arquiteto começou a descer a ladeira da avenida, subiu na calçada e bateu em um prédio.
A Polícia Militar foi chamada e socorreu o arquiteto, que teve uma parada cardíaca. Reanimada, a vítima foi levada ao pronto-socorro do Hospital das Clínicas. Por volta das 6h de ontem, Rivelli morreu.
Segundo a perícia técnica, o tiro em Rivelli foi disparado do lado de fora do carro. O assassino estava em pé ao lado da porta do passageiro, pois a bala acertou o arquiteto entre o pescoço e o maxilar, no lado direito da face.
"Estamos levantando testemunhas que tenham visto os rostos dos criminosos, pois o segurança não pôde descrevê-los a fim de que fosse possível fazer um retrato falado", afirmou o delegado Ivaney Cayres de Souza, do 78º DP.
Os policiais iriam ontem à noite a esse bar para tentar encontrá-la. O segurança disse que a testemunha era um homem branco com cerca de 25 anos e 1,78 m de altura.
"É um local movimentado onde, provavelmente, outras pessoas presenciaram o crime", disse o delegado.
Objetos
Os assassinos do arquiteto não roubaram nada da vítima. No carro, os policiais encontraram uma bolsa marrom, um relógio Yves Saint Laurent, um talão de cheques, R$ 139, dois cartões de crédito e documentos da vítima.
(MG)

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