São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Proálcool deve 'renascer' em 30 dias

SÔNIA MOSSRI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo anuncia dentro de 30 dias um pacote para retomar o Proálcool como programa estratégico. As medidas incluem a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros a álcool e a volta dos financiamentos do Banco do Brasil ao setor.
O presidente Fernando Henrique Cardoso encomendou ao ministro Francisco Dornelles (Indústria e Comércio) medidas emergenciais para recuperar financeiramente os produtores de álcool e plantadores de cana e estimular a compra de carros a álcool.
O governo vai reduzir o IPI sobre carros a álcool adquiridos pelas locadoras. Elas adquirem anualmente mais de 100 mil veículos.
O MICT (Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo) avalia que a venda às locadoras dará novo fôlego ao programa.
Será criado o Conselho Nacional do Álcool para discutir os problemas do setor e definir o papel do álcool na política de energia.
O conselho será coordenado pelo MICT e terá a seguinte composição: representantes dos ministérios da Fazenda, Minas e Energia, Agricultura e Meio Ambiente, produtores e plantadores de cana.
O Banco do Brasil iniciará o financiamento aos usineiros com uma linha especial de R$ 150 milhões para empréstimos destinados ao estoque de álcool.
A decisão do governo se deve à perspectiva de manutenção da alta do petróleo no mundo.
Uma das propostas permitiria aos usineiros reduzir em até R$ 600 milhões a dívida junto ao BB sem gastar nenhum centavo.
A idéia é autorizar a Petrobrás a pagar parte da compra de álcool dos usineiros com títulos públicos destinados à compra de ações de empresas estatais. A medida beneficiaria mais de 200 usinas.
Segundo levantamento do BB, das 343 usinas que operam, cerca de 60 não têm condições de sobreviver e terão que ser liquidadas.

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