São Paulo, sábado, 22 de fevereiro de 1997
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Promotor recua e permanece no cargo

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O promotor independente do caso Whitewater, Kenneth Starr, voltou atrás em sua decisão de deixar o posto em julho para assumir a direção da faculdade de direito da Universidade de Pepperdine (Califórnia, Costa Oeste dos EUA).
Starr disse que só assumirá sua nova posição depois que todas as investigações e processos do caso Whitewater estiverem concluídos.
Ele foi muito atacado nos últimos dois dias por sua decisão de deixar o caso. Na Casa Branca, sede do governo dos EUA, ao contrário, a saída de Starr mereceu comemoração informal.
O caso Whitewater envolve dezenas de acusações de ilegalidade em negócios financeiros particulares do casal Clinton na década de 80 e de tentativa de obstrução da Justiça na apuração desses episódios pelo atual governo federal.
Starr, 50, está à frente do caso desde junho de 1994 e já obteve a condenação de 12 pessoas, entre elas o ex-subsecretário da Justiça Webster Hubbell, Jim e Susan McDougall (ex-sócios do presidente Bill Clinton e da primeira-dama, Hillary Clinton) e o sucessor de Clinton no governo de Arkansas (sul), Jim Guy Tucker.
Na semana passada, havia sido divulgado -sem confirmação oficial- que Starr está avaliando a possibilidade de indiciar a primeira-dama Hillary Clinton.
Webster Hubbell, que acaba de cumprir pena de 15 meses de prisão, e John Huang, ex-dirigente do Partido Democrata e pivô de outro caso do governo Clinton, o Asiagate, anunciaram que vão usar a Quinta Emenda Constitucional.
Ela garante ao cidadão o direito de não se auto-incriminar, para não atender à intimação do Congresso que lhes pediu documentos sobre contribuições suspeitas de ilegalidade à campanha pela reeleição do presidente.

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