São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997 |
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Craques investem em venda de atletas
MARCELO DAMATO
Até alguns anos atrás, os ex-jogadores que se dedicavam a descobrir talentos eram na maioria aqueles que fracassaram no esporte. O retorno era incerto, e o lucro, pequeno. Nos últimos anos, porém, essa atividade tornou-se mais rentável e passou ser cobiçada até por jogadores que atuaram em Copas do Mundo. Os zagueiros Júlio César (México-86) e Márcio Santos (EUA-94) e os atacantes Zico (Espanha-82 e México-86), Jairzinho (México-70) e Careca (México-86 e Itália-90) são alguns exemplos. Jairzinho atua em parceria com empresários do Rio. Ele foi, por exemplo, um dos descobridores do atacante Ronaldinho, do Barcelona. Zico criou uma escolinha com seu nome e agora está lançando um clube com equipe profissional, o Rio de Janeiro Futebol Clube Ltda. Júlio César e Careca planejam criar centros de formação de jogadores, em moldes europeus, com sua experiência no futebol daquele continente. Os centros serão em Mogi Mirim e Campinas, cidades do interior paulista distantes cerca de 60 km da capital. O zagueiro campeão do mundo criou a Organização Márcio Santos, que é tocada pelo irmão Luiz. A maioria das descobertas continua, porém, a ser feita por profissionais só conhecidos pelo mercado. O atacante Leandro, hoje no Valencia, foi revelado por Janio Farias, dono da Escola Santa Catarina, que mantém convênio com o Internacional gaúcho. Como recompensa a seu descobridor, deu-lhe de presente uma casa de três quartos numa cidade vizinha a Florianópolis. (MD) Texto Anterior: SC aposta em filão do amadorismo Próximo Texto: Transferência para países 'exóticos' apresenta riscos Índice |
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