São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Samaritano opera com microcâmeras

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

O serviço de cirurgia por laparoscopia e endoscopia do Hospital Samaritano de Goiânia ficou conhecido há sete anos.
O médico Aureo Ludovico de Paula, 34, ganhou fama ao operar hérnia de hiato (problema do aparelho digestivo) e pedras na vesícula com a ajuda de uma microcâmera e de microbisturis introduzidos através de orifícios, sem abrir a barriga do paciente.
O cirurgião opera olhando para a tela de um monitor que traz imagens captadas pela câmera conduzida por um "cinegrafista". "Esse serviço é considerado um dos introdutores da cirurgia de hiato no mundo", diz Ludovico de Paula.
Hoje, a cirurgia laparoscópica é empregada em quase todos os centros médicos do país. Ainda assim, dez meses atrás, 70% dos pacientes vinham de outros Estados.
Na rede pública de saúde, muitas das cirurgias que poderiam ser feitas por videolaparoscopia ainda são realizadas abrindo a barriga do paciente.
Em Goiânia, entre os hospitais filantrópicos, só a Santa Casa já adotou esse tipo de procedimento.
"Segundo o Gallup, entre 7% e 10% da população americana têm algum tipo de queimação no estômago", diz Ludovico. Em muitos casos, a causa é a hérnia de hiato e parte dos pacientes terão que passar por cirurgia.
Na relação dos bons centros médicos de Goiânia, o Sindicato dos Hospitais do Estado de Goiás inclui uma dezena de outros. O Santa Helena, por exemplo, também é conhecido por seu serviço de videolaparoscopia.
"O Santa Genoveva e o São Francisco de Assis são referência na região para cirurgia cardíaca", diz Hernani Vaz Kruger, diretor-executivo do sindicato.
Em neurologia, além do Hospital Neurológico, Kruger cita a Clínica Santa Mônica. A Santa Casa é a única a fazer transplante renal no Estado. O Hospital Banco de Olhos, mantido pelo Lyons, atende a todo o Centro Oeste.
O Hospital Araújo Jorge, mantido pela Associação de Combate ao Câncer, atende e abriga pacientes e seus familiares.
(AB)

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