São Paulo, domingo, 23 de fevereiro de 1997
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Arquitetura procura seduzir clientela

DA REPORTAGEM LOCAL

A arquitetura das agências bancárias mudou nos últimos anos. As agências se modernizaram, e um estilo arrojado, hoje, pode garantir a confiança dos clientes.
Quem olha de fora, não imagina que as formas foram "pensadas" para transmitir idéias como segurança, solidez e credibilidade.
Tudo é planejado para agradar ao público, mas também é por meio do layout que o banco mostra alguns conceitos, como modernidade ou tradição.
Se a mensagem a ser transmitida e a realidade são a mesma coisa, é outra história. Certamente ninguém percebeu que o Econômico iria quebrar devido à sua arquitetura de cores claras.
Mas também é para seduzir clientes que os bancos investem em logotipos, agências diferenciadas e material promocional, que cada instituição pretende singular.
Desempenho
Luiz Alvaro de Oliveira Ribeiro, consultor imobiliário e ex-diretor de patrimônio do Banespa (83 a 87), 52, diz que o visual do banco influencia diretamente o desempenho das agências. Elas têm de atrair o consumidor como outra loja comercial qualquer.
Oliveira diz ter sentido na pele a experiência. A agência do Banespa na rua da Consolação, em São Paulo, foi totalmente reformulada, ganhou estacionamento e espaço interno. Foi reinaugurada em 1985, com arquitetura mais moderna. "Os depósitos dobraram."
Identidade
Já o layout do banco transmite a imagem corporativa da instituição. "É a sua identidade", diz Oliveira.
Além disso, o tipo de material empregado na arquitetura influencia os custos de manutenção. Um bom planejamento gera economia por meio da utilização das condições ambientais, como luz natural e ventilação.
No Itaú, por exemplo, o mobiliário foi adaptado. Hoje, é feito especialmente para o banco e é mais usado como suporte para propaganda dos serviços. "Temos menos móveis e mais espaço", diz Júlio Luiz Vieira, 33 membro da equipe de arquitetos do banco.
Para Oliveira, a arquitetura do Bradesco, maior banco privado do país, faz jus ao perfil de instituição popular, de varejo. "Não tem muita preocupação estética, mas é bastante funcional."
Já a imagem que o Itaú passa é marcada pela sua atuação. Trata-se de um banco de varejo, com imagem jovem, voltado para a tecnologia, explica Vieira.
Segundo ele, um exemplo de modernidade arquitetônica usada para chamar a atenção do público é a agência da praça Charles Miller (zona oeste de São Paulo). Ela foi construída em meio a casas antigas que foram reformadas.

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