São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997 |
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Corretora operou com até 100 doleiros
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA A CPI dos Títulos chegou a uma nova rede de doleiros a partir dos documentos apreendidos em quatro distribuidoras e um banco, em São Paulo, quinta-feira passada. São os doleiros da corretora Perfil. A nova lista terá "entre 50 e 100 doleiros", segundo o senador Vilson Kleinubing (PFL-SC). Pelas mãos deles, teriam passado R$ 26 milhões dos R$ 33 milhões que o governo de Santa Catarina teria pago à distribuidora Vetor pela emissão de R$ 605 milhões em títulos.Os doleiros teriam usado três empresas para fazer negócios de fachada. Uma das empresas, apurou a Folha, seria a Ianes Representação e Comércio, de São Paulo. Há duas semanas, a CPI montou a primeira lista de doleiros (16 nomes) -os da IBF Factoring, que funcionava como empresa de fachada para a distribuidora Split. Ontem, a CPI ganhou os reforços da Procuradoria Geral da República e do TCU (Tribunal de Contas da União). Ofício do TCU, publicado no "Diário Oficial", determinou a abertura de uma auditoria no Banco Central. O TCU quer saber como o Banco Central autorizou a emissão de títulos para cinco Estados (São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Alagoas) e sete municípios (Osasco, Guarulhos, Campinas, São Paulo, Jundiaí, São Bernardo do Campo e Goiânia). Os auditores do TCU vão investigar também se os títulos foram usados para outros fins além do pagamento de dívidas judiciais. A direção do BC já tinha decidido abrir inquérito administrativo interno para apurar a possível omissão de funcionários na fiscalização das operações com títulos públicos. O BC começou a orientar bancos e corretoras a reduzir seus estoques de títulos sujeitos às investigações do Senado. A CPI decidiu na semana passada que iria pedir ao BC que suspendesse os negócios com esses títulos, mas ainda não pôs em prática essa intenção. Texto Anterior: Falta de comida ameaça marcha Próximo Texto: Polícia Federal fará blitz em corretoras Índice |
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