São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997 |
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Ex-secretário muda sede da empresa 'Estava quase sem cliente', disse José Pereira WILSON TOSTA
"Estava deixando de ter tranquilidade para trabalhar", disse Souza ontem à Folha, por telefone, de Salvador, para onde viajara na véspera, a negócios. Segundo ele, o envolvimento de seu nome no escândalo dos precatórios o prejudicou. "Estava quase sem cliente nenhum", afirmou. Souza negou que a Consultinvest fizesse negócios com títulos públicos e afirmou não ter ligações com o mercado do dólar. Foi por meio de doleiros que deixou o Brasil parte do dinheiro desviado em operações com papéis emitidos a pretexto de pagar precatórios. "Vou dizer à CPI o que já afirmei na CPI da Assembléia Legislativa de Alagoas: que todas as emissões de títulos foram autorizadas pelo Banco Central e pelo Senado, com base em documentos", afirmou. O ex-secretário disse que integrou o governo de Alagoas de janeiro de 1995 a 7 de outubro de 1996, quando deixou a administração alagoana "a pedido" por estar "cansado do serviço público". Souza disse que, durante sua gestão, foram emitidos R$ 300 milhões em títulos de Alagoas. "Utilizamos esse dinheiro para pagar empréstimos bancários e dívidas de obras em realização ou já realizadas." De acordo com a Constituição, os títulos só poderiam ser emitidos para pagar precatórios, mas Souza não esclareceu se esse era o caso. Texto Anterior: Polícia Federal fará blitz em corretoras Próximo Texto: Transação dá prejuízo a AL Índice |
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