São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Defesa desiste de tentar adiar o julgamento de Paula Thomaz

Acusada deve ser julgada em abril, no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Por iniciativa da própria defesa de Paula Thomaz, acusada de participar do assassinato da atriz Daniella Perez, o STF (Supremo Tribunal Federal) nem chegou a decidir ontem se suspenderia ou não o julgamento marcado para abril.
Três advogados que representam Paula Thomaz desistiram de um pedido de habeas corpus que seria apreciado à tarde.
A ex-mulher do ator Guilherme de Pádua será julgada pelo 1º Tribunal do Júri do Rio. É acusada de homicídio duplamente qualificado, para o qual o Código Penal prevê prisão de 12 a 30 anos.
No habeas corpus, ela tentaria anular a sentença de pronúncia e, consequentemente, o próprio julgamento, sob o argumento de que são ilícitas as duas principais provas contra ela.
Os advogados pediram antes ao relator do recurso, ministro Sydney Sanches, que submetesse a decisão a todos os membros do STF (atualmente dez) e não à 1ª Turma do tribunal, composta por cinco ministros, alegando ser esse um assunto "relevante".
Como o pedido não foi acolhido, eles desistiram da apreciação do habeas corpus por apenas uma parte dos ministros. Contra Paula Thomaz já havia um despacho de Sanches, negando liminar, e parecer do Ministério Público Federal.
A defesa sustenta que ela não foi informada sobre o direito de ficar em silêncio, quando prestou depoimento informal à polícia e confessou a co-autoria no crime.
A outra prova contestada é o reconhecimento pela testemunha Hugo Silveira, a partir de uma foto de Paula. O procedimento teria sido irregular, pois não foram apresentadas fotos de outras pessoas.

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