São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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FNS foi esvaziada, diz coordenador

ROSALI FIGUEIREDO
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O esvaziamento progressivo da Fundação Nacional de Saúde, com a diminuição do número de funcionários e a queda do orçamento, é a principal causa da emergência de doenças como a dengue no país, disse o coordenador do Programa de Doenças Transmitidas por Vetor da Fundação, Antônio Carlos da Silveira.
Ele exemplificou a gravidade da situação afirmando que o número de cidades com a presença do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, vem aumentando em Minas desde 95. Hoje, 150 cidades têm infestação do mosquito, contra 129 em 1996.
Para ele, o modelo de ação da FNS (Fundação Nacional de Saúde), que centraliza as operações de combate domiciliar aos transmissores das doenças, estaria na contramão da reforma administrativa proposta pelo governo federal.
"Estamos perdendo a capacidade de operar esses programas." Segundo o coordenador, o desmantelamento tem obrigado os Estados e municípios a assumir o controle de endemias, mesmo sem conhecimento técnico e o repasse de verbas pelo Ministério da Saúde, ao qual a FNS está vinculada.
O ministro da Saúde, Carlos César de Albuquerque, disse anteontem à Agência Folha que a Fundação opera normalmente em todo o país e que a ação contra a emergência da dengue começaria a ser definida hoje, com a posse da nova presidente da FNS, Elisa Viana Sá.

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