São Paulo, quarta-feira, 26 de fevereiro de 1997
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Indústria busca alternativas para vender

DANIELA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As indústrias que fabricam artesanalmente vidros e cristais estão buscando alternativas para driblar a crise do setor.
Suspender linhas de produtos que concorrem diretamente com importados, fabricar artigos com design diferenciado ou em tamanhos e variação de cores que não possam ser produzidos por máquinas, além de buscar novos nichos de mercado são algumas das soluções encontradas pelas indústrias do setor.
"Estamos desenvolvendo produtos que não concorram nem com as indústrias automáticas brasileiras nem com os importados. Diversificamos nossa linha, dando maior atenção ao design de nossos produtos", afirma Eduardo Ruiz, proprietário da Firenze Indústria de Vidros e Cristais, que tem 500 funcionários.
Ele diz ainda que a indústria deve explorar mais outros tipos de produtos, como artigos para laboratórios e de iluminação que também só podem ser fabricados manualmente.
A Cristais Blumenau também encontrou no design diferenciado e em peças de maior tamanho e com motivos em ouro a possibilidade de abrir uma brecha no mercado, afirma Rolf Ehlke, presidente da empresa.
A empresa diz que vai focar sua clientela mais nas classes A e B. "Antes vendíamos também para a classe C e D, mas não dá para competir com os preços mais baixos dos importados."
Ampliação do mercado
Ele diz ainda que está "tentando" exportar para a América Latina. "Mas são lotes pequenos, que não chegam a 1% da produção. Exportar também exige adaptação."
Já a Cristais Hering, além dessas soluções que já vendo sendo utilizadas pelas outras indústrias, estuda criar uma linha de produtos para a classe C, diz Johni Koch, presidente.
Segundo ele, os preços praticados pela empresa para o comércio tiveram redução de 15% no ano passado.
Sem crise
A Cristallerie Strauss foi a única empresa ouvida pela Folha, entre as grandes do setor, que registrou aumento nas vendas no ano passado. Segundo Rui Cardoso, gerente nacional de vendas, o crescimento foi de 12% sobre 1995.
A empresa exporta 30% de sua produção. "Ampliamos nossos distribuidores e trocamos os que não apresentavam bons resultados."
(DFe)

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