São Paulo, quinta-feira, 27 de fevereiro de 1997
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Senado pode atrasar trâmite

RAQUEL ULHÔA
PAULO SILVA PINTO

RAQUEL ULHÔA; PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A emenda da reeleição chegou ontem às mãos do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), mas vai ficar pelo menos uma semana parada, antes de começar a tramitar na Casa.
O atraso decorre da dificuldade que os líderes encontram para conciliar os interesses do senador José Sarney (PMDB-AP) e a composição das comissões temáticas.
A emenda poderia ter começado a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ontem.
Isso não aconteceu porque os líderes governistas ainda não conseguiram chegar a um acordo sobre a composição e, consequentemente, a presidência da CCJ. A decisão final só deve acontecer na próxima quarta-feira.
"Uma semana a mais ou uma semana a menos não vai atrapalhar o cronograma da reeleição", afirmou o líder do PMDB, Jader Barbalho (PA). "Nesse período, teremos tempo de resolver nossos problemas internos para compor as comissões", disse o líder do PFL, Hugo Napoleão (PI).
ACM disse, ao receber a emenda, que a reeleição estará aprovada no Senado até o mês de abril, "com a pressa que a população exige".
O interesse de Sarney em presidir a CRE (Comissão de Relações Exteriores) é o maior empecilho a um acordo entre PFL, PMDB e PSDB para as comissões. A presidência da CRE tem prestígio, mas não tem poder político. Por isso, o PMDB não a quer em sua cota.

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