São Paulo, sábado, 1 de março de 1997 |
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Comprador terá de mostrar identidade Lei entrou em vigor ontem CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A legislação, sancionada no ano passado pelo presidente Bill Clinton com o objetivo de diminuir o consumo de nicotina por menores, entrou em vigor à 0h. O comerciante que contrariar a lei poderá pagar multas de até US$ 250 cada vez que não exigir a apresentação de documento do jovem comprador de cigarro. Calcula-se que 26 milhões de pessoas comprem cigarro por dia nos EUA. Comerciantes acham que a exigência de documento poderá provocar filas maiores do que as atuais diante de caixas. A Food and Drug Administration (FDA), agência federal encarregada de fazer com que a lei seja cumprida, quer ter agentes com aparência de adolescentes em todo o país tentando comprar cigarro sem apresentar documentos. Mas o Congresso ainda não aprovou a verba de US$ 34 milhões solicitada pela FDA para poder pagar seus agentes. Por enquanto, a FDA só tem condições de fiscalizar a aplicação da lei em dez Estados próximos da capital dos EUA. O país tem um total de 50 Estados. Ainda este ano, outras leis com o mesmo objetivo, inclusive uma que restringe a publicidade de cigarro, também entrarão em vigor, se a Justiça as considerar constitucionais. Os governos de alguns Estados produtores de tabaco, entre eles Virgínia e Carolina do Norte, se opõem à legislação federal e prometem lutar para não serem forçados a implementá-la. Estima-se que em 1996 menores de idade tenham gastado cerca de US$ 1,6 bilhão em cigarros. A indústria de tabaco diz ser a favor do objetivo de limitar a prática do fumo a maiores, mas discorda dos métodos adotados pelo governo. Diversos Estados, a Flórida entre eles, já proíbem a venda de cigarro para menores e impõem multas aos infratores de até US$ 500, que agora vão se somar à de US$ 250. Texto Anterior: Transferidas células suínas ao homem Próximo Texto: Papa intervém em revista Índice |
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