São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997
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Os três senadores

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Já nem se fala em Santa Catarina. Os nomes do governador Paulo Afonso e dos senadores seus desafetos, Esperidião Amin e Vilson Kleinubing, sumiram da televisão no final de semana.
Desde que o senador José Serra entrou ao vivo com denúncias contra seu adversário de campanha Celso Pitta, três dias atrás no Jornal da Band, o alvo único é São Paulo. O prefeito queixava-se, também na Bandeirantes:
- É claramente a tentativa de revanche de alguns senadores oposicionistas.
Respondeu da maneira que aprendeu na campanha, com relatório do tribunal de contas e com oratória, adjetivos; por exemplo, "as operações foram todas legais, regulares e lucrativas".
Mas não está errado o prefeito, sobre os senadores. Os três paulistas, Serra, Eduardo Suplicy e Romeu Tuma, invadiram a televisão.
O segundo, tripudiando com o relatório do BC, que inculpa o prefeito, com amplo eco na Globo. O terceiro, vasculhando cofres e apartamentos, delegado que é.
E são eles que têm o poder da CPI; por exemplo, para dar fim aos sigilos.
*
- Na questão da fiscalização eu estou bastante confortável. Agora, na questão da fase da autorização, pode-se dizer que o BC, atuando como assessor do Senado, eh... eh... examinou os processos que vinham dos Estados com a boa-fé que sempre depositamos nesses Estados...
E não só com a boa-fé. Ele lembrou que, mesmo quando o BC "assessorava" contra uma operação, o conselho jamais era aceito.
Ou seja, se os senadores aprovaram as operações, a "culpa" é deles.
(Não foi à toa que Roberto Requião acusou ontem a "omissão" do BC.)

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