São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997
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Esta é para pensar na cama

MARCELO CHERTO

Estou convencido de que o franchising está ingressando num novo patamar. As franquias de terceira geração, ou franquias de formato de negócio, vão, aos poucos, ceder espaço para uma quarta geração: as redes de aprendizado contínuo, ou outro nome que a gente queira criar. Aliás, o nome não tem a menor importância. O importante aqui é o conceito.
Via E-mail, venho trocando idéias a respeito, com franqueadores que pensam longe, como Luís Namura e Eliane Bernardino. E também com pesquisadores lá de fora. Gente que desenvolve pesquisas sobre a Ciência da Complexidade, uma nova disciplina que estuda a linha fina e cambiável que separa o caos da ordem e suas aplicações na administração. Tenho também mantido contato com gente que estuda organizações descentralizadas e seu futuro.
A meu ver, pouco a pouco, franqueados e franqueadores vão se dar conta de que o modelo atual das franquias de terceira geração já não é capaz de fornecer todas as respostas e de assegurar o sucesso de suas organizações, num mundo em que o ritmo das mudanças é cada vez mais frenético. Um mundo no qual, como diz Edmour Saiani, muita gente boa anda se perguntando: "mas logo agora, que sei as respostas, mudaram todas as perguntas?".
Nos próximos anos, franqueadores e franqueados vão ter que aprender a conviver tendo como base regras menos rígidas (naquilo em que a rigidez não é essencial e até pode "engessar" a organização) e valores rígidos (no que realmente é a "essência competitiva" da organização) e objetivos compartilhados, em relacionamentos fundados no respeito mútuo.
Como diz Luís Namura, franqueados e franqueadores precisarão estar predispostos ao aprendizado contínuo por parte de todos e de cada um de seus integrantes ou colaboradores. E, por consequência, da organização como um todo. É bom pensar nisso.

Internet: www.franquia.com.br/cherto/
E-mail: marcelo.cherto@franquia.com.br

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