São Paulo, segunda-feira, 3 de março de 1997 |
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Embaixada brasileira aponta o potencial econômico do Líbano Beirute recupera condição de centro de negócios BRIAN MICHAEL FRASER NEELE
que há inúmeras razões para ter confiança no processo de reconstrução e desenvolvimento do país. Beirute volta a ser centro comercial e financeiro, com empresários agindo nos mercados dos países do sudeste europeu, da Ásia Central e do Oriente Médio. A cada semana, numerosas empresas estrangeiras abrem filiais em Beirute, instalam empreendimentos novos ou associam-se aos locais para expandir indústrias. Só as empresas dos EUA estão afastadas, porque o governo norte-americano mantém o embargo à presença de seus nacionais no Líbano. E o Brasil pouco participa desse processo, ao contrário da Europa, Japão, China, Malásia e países árabes. E é no Brasil que existe a maior comunidade de origem libanesa do mundo. Somados, emigrantes e seus descendentes são mais de 6 milhões -os primeiros vieram em 1860!-, quase o dobro da população do Líbano. A integração entre os dois países é um dos motivos por que hoje, no Líbano e no Brasil, pouco se percebe o quanto tem sido grande a contribuição dos libaneses no Brasil. Promoção cultural Por isso, esta embaixada está promovendo, em esforço com outros órgãos e com o setor privado no Brasil e no Líbano, uma série concatenada de promoções culturais e uma grande exposição comercial, em Beirute e em localidades vizinhas, para julho de 1997. O objetivo é tornar o Brasil mais bem conhecido pelos libaneses e melhor conhecedor do Líbano e de seu potencial de negócios. Na área cultural, estão acertadas uma exposição de artes plásticas com obras dos principais artistas de origem libanesa no Brasil (em coordenação com o Museu Sursock, de Beirute), uma mostra de fotografias ilustrando a vida dos pioneiros da emigração libanesa no Brasil (projeto do Ministério da Cultura e Ensino Superior libanês) e uma exposição de livros brasileiros, editados em francês, inglês e árabe, e aqueles publicados no Brasil que focalizam o Líbano (em coordenação com a Librairie Dedicace, de Beirute). Em fase de estudos, temos uma quinzena de cinema brasileiro, exposição filatélica (com o apoio da ECT -Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a apresentação de um ou mais grupos de dança em coordenação com o Festival de Beit Eddine, manifestações de música popular brasileira e uma semana de culinária do Brasil. Na mostra comercial, será fundamental a participação de empresas brasileiras cujos principais dirigentes sejam libaneses ou descendentes de libaneses. Paralelamente, quero estimular o setor privado de ambos os países a interagir e contribuir para a reconstrução e o progresso do Líbano, o que é também contribuir para a consolidação da paz em todo o Oriente Médio. Já está sendo acertada a realização de uma grande exposição brasileira em Beirute. A feira tem em vista o mercado libanês e deve apresentar os produtos e serviços brasileiros a empresários libaneses que atuam nos países do Golfo Pérsico e nos outros países do Oriente Médio, assim como nos países da Europa Oriental e nas novas repúblicas da Ásia Central. Pretende-se também fomentar, por meio de seminários, mesas-redondas e encontros de homens de negócios brasileiros e libaneses, opções de empreendimentos conjuntos, no Brasil e no Líbano. Texto Anterior: Livro narra presença judaica em São Paulo Próximo Texto: País se abre a brasileiros Índice |
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