São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Leia trecho em que repórter explica assunto a ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A seguir, os principais trechos da fita gravada por Luiz Carlos Bresser Pereira. Antes de gravar a entrevista que foi ao ar, o repórter explicou o assunto ao ministro da Administração e Reforma do Estado:
*
Bresser - Demitir os não-estáveis? Como é que é isso?
Repórter - Lá no Estado tem isso. Tem boatos de demissão.
Bresser - Ah!
Repórter - Nessa situação tem 6.000 servidores não estáveis no Amapá...
Bresser - Não é intenção... Tudo bem, tudo bem, pode perguntar sobre os não-estáveis.
Em seguida, o repórter iniciou a entrevista.
*
Repórter - O deputado Eraldo Trindade acaba de conversar com o presidente da República, na companhia do ministro Dornelles. O presidente garantiu que, com relação a MP 1.522, não haverá demissões no Amapá (a MP permitia essas demissões). Ministro, o que o senhor tem a dizer sobre isso?
Bresser - Veja. A política desse ministério e do presidente com relação aos ex-territórios é de não fazer as demissões, a não ser que haja uma imposição absoluta de uma irregularidade que o TCU (Tribunal de Contas da União) verifique e o Ministério Público determine.
Fora disso, não faremos. Inclusive, no caso do TCU, houve determinação de demissão de um número muito grande. Mas isso, felizmente, está suspenso. E estamos contando que uma emenda vá regularizar a situação dos atuais funcionários, que tem situação relativamente irregular.
Repórter - Para terminar, os servidores podem ficar mais tranquilos agora?
Bresser - Veja, não é a partir de agora. Pode colocar assim, mas estamos colocando essa posição há bastante tempo. Se nós estivéssemos para fazer demissões, já teríamos feito muitas. Seria simples fazer. Mas não queremos fazer. Não é a determinação do presidente.

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