São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Medidas de ACM causam repercussão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As medidas anunciadas pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), de contenção de despesas e demissão de funcionários "fantasmas", mesmo que sejam apadrinhados pelos senadores, já provocaram as primeiras reações em parlamentares.
"Se o funcionário está sob a responsabilidade do senador, ele (ACM) não pode interferir", afirmou o senador Gilvan Borges (PMDB-AP). Para Borges, o presidente do Senado não terá condições de mexer com servidores protegidos por senadores, mesmo que estejam em desvio de função ou que não apareçam no Senado.
"Nem sempre o que se diz é o que se faz", disse o senador do Amapá, sobre as medidas.
O líder do PPB, Epitácio Cafeteira (MA), elogiou a maior parte das medidas, mas avisou que ACM não poderá interferir no funcionamento interno de cada gabinete.
"Se eu quiser mandar um funcionário para o Maranhão fazer um serviço para mim, eu posso mandar", disse.
Os senadores dizem que é normal usar cota de cargos de confiança para contratar funcionários que permanecem nos Estados.
Senadores ouvidos prevêem "chiadeira", se isso for cortado.
ACM disse aos diretores do Senado que não vai interferir na administração interna de cada gabinete, mas que espera dos parlamentares a iniciativa de cumprir as decisões. Serão cobradas as oito horas diárias de trabalho.

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