São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Síndica registra queixa contra Ro-Ro

Cantora é acusada de racismo

DA SUCURSAL DO RIO

A síndica Márcia Viana de Mello, 39, registrou ontem queixa por racismo contra a cantora Ângela Ro-Ro, na 12ª DP (Delegacia de Polícia, em Copacabana, zona sul).
A síndica diz que amigos ouviram Ro-Ro dizer que ela é uma "negra despeitada, que usa peruca e é traficante de drogas", num programa de rádio, quarta-feira.
Márcia de Mello recorreu ao Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), que vai entrar com ação judicial de indenização por danos morais contra a cantora na Justiça do Rio.
"Requeremos à polícia que solicite à rádio Globo as fitas do programa 'Antônio Carlos' para entrarmos com ação de indenização. Chamar uma pessoa de negra traficante no rádio causa dano enorme à imagem. O rádio é ouvido por muita gente", disse o advogado do Ceap, Sérgio Martins.
Doente
Procurada pela Folha, Ro-Ro disse que estava doente. "Estou doente, não posso falar. Não posso ficar ouvindo besteiras."
O produtor do programa, Sérgio Ricardo, confirmou que Ro-Ro chamou a síndica de traficante.

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