São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mesa de operações financeiras deixa de ser reduto masculino

Operadora de corretora começou há 17 anos como recepcionista

CLÁUDIO EUGÊNIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A área de operações financeiras sempre foi considerada reduto de homens, mas a mulher já marca sua presença. Antonia Lucineti de Oliveira Diogo, 36, é operadora de mesa na corretora de valores Spinelli S.A., em São Paulo.
Ela começou na empresa há 17 anos como recepcionista. Hoje continua atendendo aos clientes, só que com uma diferença: fecha negócios na mesa de operações financeiras.
"A participação da mulher no mercado de trabalho hoje é fundamental na formação do orçamento familiar. Além de ajudar, faz bem para a cabeça", afirma ela.
No caso da defasagem dos salários entre homens e mulheres, Lucineti diz que não enfrenta esse problema.
"Os operadores de mesa aqui na corretora têm salários praticamente iguais. Equiparam-se aos do mercado em geral ou até ultrapassam", afirma Lucineti.
Para ela, é um absurdo mulher ganhar menos: "O critério para salários deveria ser a competência. Às vezes nós fazemos igual aos homens ou melhor".
Lucineti também é chefe de família. Seu marido está sem trabalho, e ela tem sido a responsável pelo orçamento familiar.
"Fico muito tempo fora de casa e, agora que tenho uma filha, é mais complicado. Mas tenho os finais de semana para passar com ela. Esse convívio tem sido bom e rende elogios na escola que frequenta", afirma ela.

Texto Anterior: Seade lança publicações sobre a mulher e o mercado do trabalho
Próximo Texto: Mulheres já são metade da PEA, mas ganham menos que homens
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.