São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997 |
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Mulheres já são metade da PEA, mas ganham menos que homens
CLAUDIA GONÇALVES
Esse dado está contido nas publicações lançadas ontem em São Paulo pela Fundação Seade e Conselho da Condição Feminina sobre a situação da mulher paulistana no mercado de trabalho e na sociedade: o informativo e a home page "Mulher em Dados" e o jornal "Mulher & Trabalho". Todos serão atualizados mensalmente. A home page e o informativo trarão dados relativos às mulheres na Grande São Paulo e no Estado de São Paulo, enquanto o jornal fornecerá informações apenas sobre a Grande São Paulo. O governador Mário Covas lançou oficialmente a home page. É um banco de dados com estatísticas demográficas e socioeconômicas, como comportamento reprodutivo, mortalidade, violência, renda per capta e índice de escolaridade entre as mulheres. Em sua primeira edição, o jornal "Mulher & Trabalho" chamou a atenção para o aumento da participação feminina na PEA (População Economicamente Ativa) e a persistente disparidade de rendimentos entre homens e mulheres. "Nunca teremos uma sociedade mais justa se a disparidade salarial notada entre homens e mulheres não for diminuída", diz Felícia Reicher Madeira, do Seade. A disparidade de renda se deve, em parte, ao fato de a participação das mulheres ser maior no setor de serviços, no qual os salários são tradicionalmente menores. Mas esse tipo de inserção trouxe uma vantagem às mulheres: desde a criação do Real elas registraram menos perdas salariais justamente por estarem empregadas predominantemente no setor terciário. Apenas 17% das mulheres trabalham na indústria, que paga mais. Texto Anterior: Mesa de operações financeiras deixa de ser reduto masculino Próximo Texto: BM&F poderá ter uma filial no Uruguai Índice |
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