São Paulo, terça-feira, 4 de março de 1997
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Mulheres já são metade da PEA, mas ganham menos que homens

CLAUDIA GONÇALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de as mulheres terem ampliado sua participação na PEA (População Economicamente Ativa) de 48,8%, em 95, para 50,2%, em 96, elas continuam ganhando 40% menos do que os homens.
Esse dado está contido nas publicações lançadas ontem em São Paulo pela Fundação Seade e Conselho da Condição Feminina sobre a situação da mulher paulistana no mercado de trabalho e na sociedade: o informativo e a home page "Mulher em Dados" e o jornal "Mulher & Trabalho".
Todos serão atualizados mensalmente. A home page e o informativo trarão dados relativos às mulheres na Grande São Paulo e no Estado de São Paulo, enquanto o jornal fornecerá informações apenas sobre a Grande São Paulo.
O governador Mário Covas lançou oficialmente a home page. É um banco de dados com estatísticas demográficas e socioeconômicas, como comportamento reprodutivo, mortalidade, violência, renda per capta e índice de escolaridade entre as mulheres.
Em sua primeira edição, o jornal "Mulher & Trabalho" chamou a atenção para o aumento da participação feminina na PEA (População Economicamente Ativa) e a persistente disparidade de rendimentos entre homens e mulheres.
"Nunca teremos uma sociedade mais justa se a disparidade salarial notada entre homens e mulheres não for diminuída", diz Felícia Reicher Madeira, do Seade.
A disparidade de renda se deve, em parte, ao fato de a participação das mulheres ser maior no setor de serviços, no qual os salários são tradicionalmente menores.
Mas esse tipo de inserção trouxe uma vantagem às mulheres: desde a criação do Real elas registraram menos perdas salariais justamente por estarem empregadas predominantemente no setor terciário.
Apenas 17% das mulheres trabalham na indústria, que paga mais.

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